A 11 km de Beja, Salvada é uma freguesia rural escondida num vale que deu nascimento a sua lenda.
Meus antepassados na freguesia Com Manoel Francisco dos Reis (n° Sosa 36), um novo ramo se acrecenta no Alentejo e precisamente na freguesia de Salvada. Sua mãe Francisca Barbara (n° Sosa 73) e algums antepassados até (por enquanto) 1700 eram de Salvada.
Lenda Certo dia os Mouros planearam um ataque à cidade de Beja mas os cristãos conseguiram descobrir as suas estratégias e prepararam um truque. A estratégia do cristãos foi conhecer umas ervas que cresciam grandes e selvagens e que quando queimadas deitavam fumo que fazia adormecer um homem rapidamente e por muito tempo. As ervas foram queimadas à saída da cidade, o vento levou o fumo e os árabes adormeceram. E foi com essas ervas que os cristãos venceram aos mouros, mataram alguns e os sobreviventes fugiram. Os Mouros sobreviventes descontentes com a derrota, foram destruindo tudo por onde passavam ; só não foi destruída a aldeia da Salvada porque a aldeia fica numa cova e os mouros não a viram. É por isso que a nossa aldeia se chama Salvada.
Mais história O desmembramento de parte da freguesia de Salvada criou em 1901 uma das mais recentes freguesias do concelho : a freguesia de Cabeça Gorda. É que, em meados do século XVIII, Cabeça Gorda, apesar ser apenas um lugar de Salvada, tinha mais habitantes que a sede de freguesia e uma maior extensão. No Dicionário Geográfico de 1757 é mencionada a actual freguesia de Cabeça Gorda como um lugar anexo de Salvada. Cabeça Gorda tinha nessa altura setenta e quatro fogos, mais ainda do que os de Salvada, que eram em número de habitantes, seguindo os cálculos usualmente feitos para estas matérias, cerca de duzentos.
Cabeça Gorda, Salvada e as outras freguesias do concelho parecem ter beneficiado da reconstrução de Beja, encetada por D. Afonso III em meados do século XIII. Sabe-se que, por volta do século XV, o território pertencia ao Infante D. Fernando, Duque de Beja, um título criado por D. Afonso IV para o seu irmão. Pertencia-lhe, por via da posse daquele título, Beja e todo o seu termo.
Se os árabes passaram por essas aldeias, e é certo que passaram, a sua presença não foi muito significativa. A própria toponímia demonstra a inexistência de nomes árabes. De épocas anteriores, ou seja, dos romanos, uma antiga fortaleza se encontra na região de Salvada, e um posto da estrada militar que de Beja se dirigia para Serpa.
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Fontes
* Inquérito nacional "CENSOS" 2001
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